Freguesia de S. João

População: 560

Actividades económicas: Agricultura, pecuária, pesca, lacticínios, carpintaria, serração de madeiras, oficinas auto, serralharia, pequeno comércio e restauração

Festas e Romarias: S. João Baptista (24 de Junho), Espírito Santo (domingo a Terça-Feira de Pentecostes), Nossa Senhora do Rosário (1.º domingo de Outubro) e S. João Pequenino (2.º domingo de Agosto)

Património: Igreja matriz, capelas do Espírito Santo, moinhos de vento e poços de Maré

Outros Locais: Parque florestal de S. João, mistério de S. João, Pico da Urze e zonas balneare.

Freguesia de S. João A nove quilómetros da sede do concelho e em terreno pedregoso, a freguesia de S. João é constituída pelos lugares principais de Companhia de Baixo e Companhia de Cima. Tem uma área de trinta e dois quilómetros e fica no extremo do concelho, próximo do sopé da Montanha.

Esta freguesia foi praticamente arrasada em 1 de Fevereiro de 1718, por um terramoto de grandes proporções. Toda a área arrasada pela lava constitui hoje um mistério, que a pouco e pouco se vai revestindo de novo de vegetação. É o mistério de S. João, ponto de alto interesse turístico da freguesia.

Inicialmente, S. João teve como igreja paroquial uma ermida, construída no sítio da Arruda, em 1619, por um tal Domingos Marques e sua mulher. A ermida desapareceu com o terramoto de 1718. Em seu lugar, encontra-se actualmente um monumento comemorativo. Depois do infausto acontecimento, a matriz passou para a ermida de Santo António, até que em 1829 finalmente foi construída uma igreja paroquial, consagrada a S. João Baptista.

A actual freguesia, ou a sua área actual, resulta de uma cisão da freguesia de S. Mateus, que hoje pertence ao concelho da Madalena, desta ilha do Pico.

A partir de determinada altura, resultou claro que era de pleno oferecimento a população de S. João ter a sua plena autonomia eclesiástica e religiosa, sem ter de depender de uma freguesia limítrofe. assim aconteceu, na realidade, com a criação da freguesia.

Com quinhentos e sessenta habitantes, a freguesia de S. João tem como principais actividades económicas aquelas que estão ligadas ao sector primário – agricultura, pecuária e pesca. Alguns ramos da pequena indústria vão também registando algum desenvolvimento, ao mesmo tempo que o turismo esforçam-se por captar o interesse e a vontade das milhares e milhares de pessoas que todos os anos acorrem aos Açores e em especial a esta ilha do Pico.

Para o conhecimento do nome da freguesia, de resto, muito contribuem os célebres queijos de S. João do Pico, integrados em região demarcada e muito procurados no continente.

A principal festa religiosa da freguesia realiza-se todos os anos no dia 24 de Junho em honra de S. João Baptista, o padroeiro. A mais curiosa de todas, no entanto, decorre junto ao parque florestal, nas imediações da primitiva igreja destruída em 1718, e é consagrada ao S. João Pequenino. De carácter profano e muito concorrida, é uma alusão directa à festa principal.

Mas o motivo de maior interesse turístico de S. João deverá ser mesmo o mistério do mesmo nome. Começa pelo próprio nome, que lhe dá uma aura de magia e de suavidade. Mistério pela sua extensão, ou mistério pela sua origem, à data algo de totalmente desconhecido?