Freguesia de Relva

População: 2400

Actividades económicas: Agro-pecuária, comércio, serviços, carpintaria, indústria de salsicharia, serralharia e panificação

Festas e Romarias: Nossa Senhora das Neves (1.º domingo de Agosto), Divino Espírito Santo (fim de Maio) e Festival de Folclore (Agosto)

Património: Igreja Paroquial, Ermida de Nossa Senhora da Aflição, Teatros do Espírito Santo, Casa do Monte e vários fontenários

Outros Locais: Rocha da Relva, miradouro e parque de merendas

Artesanato: Bordados, pintura de flores, trabalhos com escamas de peixe e miniaturas executadas em diversos materiais

Colectividades: Filarmónica Nossa Senhora das Neves, Grupo Folclórico de Cantares e Balhados de Relva, Grupo de Violas da Relva, Grupo Desp. e Recreativo Relvense, Grupo de Jovens Unidos a Verdade, Assoc. dos Amigos da Rocha e Escuteiros

Orago: Nossa Senhora das Neve.


DESCRITIVO HISTÓRICO


Com uma área de quase 11 km2, a fregue- sia de Relva encontra-se a cinco quilómetros da cidade de Ponta Delgada.

O seu povoamento não decorreu na primeira fase da colonização dos Açores. Pelo contrário, já Vila Franca do Campo era um grande aglomerado populacional e Relva não passava de uma pobre e erma aldeia. Antes, foram lançadas quantidades imensas de porcos, que acabaram por estar na base da fixação de gente na ilha. Os primeiros pastores iam-se mantendo por aqui longas temporadas e acabaram por dar origem às primeiras gerações de relvenses.

Ao que parece, toda a freguesia cresceu e desenvolveu-se em redor da casa de Martim Vaz, um fidalgo riquíssimo que aqui viveu nos primórdios do povoamento local, numa casa de grande riqueza. Era ele, se assim se pode dizer, o centro de toda esta região.

No século XVI, tinha Relva 137 fogos e 447 habitantes. É Gaspar Frutuoso que nos refere na sua excelente obra sobre os Açores. Em 1690, finais do século XVII portanto, viviam nesta povoação 807 pessoas, agrupadas em 342 fogos. Em 1723, segundo Chaves e Melo, em “Margarita Animata”, refere a existência de cerca de mil e seiscentas pessoas em Relva. Um aumento extraordinário, em poucos anos, o que significa que o desenvolvimento da freguesia a partir do século XVIII foi imparável. Um aumento que estancou, iniciando o movimento inverso, depois de 1839. Nesse ano, a exemplo do que acontecera três anos antes e do que viria a acontecer em 1852, procedia-se a uma grande reorganização administrativa do País. Muitos concelhos (mais de quatrocentos) foram extintos, muitos outros foram criados. Em Relva, houve também alterações importantes. O lugar de Arrifes, por exemplo, saiu desta freguesia e constituiu povoação independente. “Levou” consigo o lugar de Saúde, já então muito populoso, facto que provocou uma descida populacional importante. Relva ficou então com cerca de mil e duzentas pessoas. Entre 1800 e 1813, emigraram para o estrangeiro mais de duzentas pessoas desta freguesia. No decorrer deste século, o número de habitantes da freguesia continuou a descer. Em 1970, eram 2032 pessoas e em 1980 1957.

Actualmente, assiste-se a uma recuperação populacional importante, pois vivem aqui cerca de 2400 pessoas.

A agro-pecuária é a principal actividade económica da sua população. Além do sector primário, a freguesia conta também com algumas unidades industriais relativamente importantes. Relva encontra-se neste momento num desenvolvimento constante. As infra-estruturas de carácter turístico aí estão para o confirmar. O aeroporto da Nordela, por exemplo, foi quase todo construído em seus terrenos.