Freguesia de Lomba de S. Pedro

População: 350

Actividades económicas: Agro-pecuária, comércio e agricultura

Festas e Romarias: S. Pedro (29 de Junho) e Divino Espírito Santo

Património: Igreja matriz, Igreja Presbiteriana e Fontenário

Outros Locais: Lugar do Calhau e Paisagem Natural

Artesanato: Capachos de junco, rendas, bordados e mantas de retalhos

Orago: S. Pedr.


DESCRITIVO HISTÓRICO


Situada na ilha de S. Miguel, confina a Norte, com Barrocas do Mar, a Sul, com a Estrada do Salto do Cavalo, a Nascente, com a Ribeira da Salga, e a Poente, com a Ribeira das Pedreiras. Sobre o Lugar da Pedreira não falam os primitivos cronistas o que prova que foi, durante muito tempo, o “campo virgem” de arvoredo que se arroteou ao longo do tempo e ainda, o local de onde se extraíu muita pedra para a construção da Vila da Povoação.

Após o descobrimento do Arquipélago dos Açores, ocorrido entre 1427 e 1437, D. Afonso V, por carta régia de 2 de Julho de 1439, autorizou seu tio, o Infante D. Henrique, a iniciar o seu povoamento.

Este é o documento régio mais antigo que se conhece e se refere aos Açores.

Na ilha de S. Miguel, começou o povoamento junto da Ribeira do Além, local onde surgiu a Povoação Velha e lugar onde desembarcaram os descobridores quando a esta ilha chegaram.

Se, por um lado, o acidentado do terreno e a densidade do matagal de que toda a ilha estava coberta, constituíram grandes dificuldades nos trabalhos de reconhecimento, pelo que este foi feito, primeiramente, por mar, por outro lado, poucos palmos de terra não eram agricultáveis: vinhedos à beira-mar, zonas altas de pastagens, laranjais e matas, e, por todo o lado, uma grande variedade botânica.

Com efeito, o denso arvoredo que aqui existia, foi aproveitado para exportação de madeiras e para a construção naval.

No seu solo fértil, iniciou-se a cultura do trigo que, ainda no século XV, era exportado para o Continente e possessões portuguesas em África.

Integra esta freguesia o concelho mais importante da costa norte da ilha, em virtude de ser um dos maiores centros populacionais e de o seu território ser um dos mais extensos e ricos de todo o arquipélago.

Esteve esta freguesia integrada na freguesia dos Fenais da Ajuda.

Por Decreto Regional n.º 24/80/A, de 15 de Setembro de 1980, foi esta povoação elevada a freguesia.

A sua igreja paroquial, dedicada a S. Pedro, foi construída no século XVIII, nela se destacando o arco da capela-mor, forrado a talha dourada e ostentando as armas reais portuguesas.

O topónimo S. Pedro deriva do orago da paróquia e da enorme religiosidade do povo açoriano, que resultou na atribuição de nomes de santos padroeiros a lugares.

A criação da primeira escola oficial nesta localidade data de 13 de Março de 1924, a qual começou a funcionar em 24 de Abril do mesmo ano sendo a sua primeira professora Virginia da Ressurreição Cordeiro.

Só em 1 de Outubro de 1943 entrou em funcionamento o segundo lugar de escola.

As escolas funcionaram sempre em casas particulares, em precárias instalações, até que em 1981 foi inaugurado o novo edifício escolar de 4 salas do tipo P3 que se localiza praticamente a meio da freguesia, na tentativa de poder melhor servir o aglomerado que se distribui pelo que chamam a “lomba de cima e a lomba de baixo”.

Funcionou também nesta freguesia um posto de Telescola, extinto a partir do ano escolar de 1982/83, em virtude da falta de frequência registada.

A partir daí, os alunos desta freguesia foram integrados no Ciclo Preparatório, na cidade da Ribeira Grande.