O ano pende par o seu termo: as graças da juventude trocaram-se pelos frutos da virilidade. A calma é abafadiça, a energia fraqueja e relaxa-se e as plantas, rechaçadas pelo excesso de calor, tomam as pálidas cores da debilidade. Mas as árvores dão frutos e as hortas e o pomares nunca se mostraram tão ricos em frutos.

É um mês de colheitas. Fazer alqueives e lavouras preparatórias para as próximas sementeiras. Transportar o estrume para as «folhas» a que é destinado e enterrá-lo o mais breve possível.

Colher feijão de sequeiro, soja, girassol e abóboras, que é conveniente deixar ao tempo para melhor secarem.

Semear em lugar definitivo, para se comerem antes do Inverno, agriões, alfaces (romana), cebolas, repolho de Inverno, rabanetes e chicória. No fim do mês semear, nos alfobres, couves diversas, beterrabas, ervilhas e espinafres.

Plantar alfaces e chicórias. A cebola semeada agora virá em tempo de escassez. Semeia-se feijão para comer em verde. Semeia-se aipos em regos fundos. Ter sempre em atenção as necessidades de água.

No fim do mês já começam as vindimas. Em dia de S. Lourenço quem vai à vinha enche o lenço. Chegou o termo dos trabalhos do vinhateiro. Nunca se começa antes das uvas estarem bem maduras: antes vale perder na quantidade por se perderem alguns cachos, do que apanhá-los verdoengos. Não mistureis a uva verde com a madura, nem se use as apodrecidas; não se vindima em tempo de chuva nem de madrugada quando as uvas estão orvalhadas; quando as calmas forem intensas, não se vindima mais do que se pode nesse mesmo dia pisar.

Enxertar roseiras e regar especialmente as que florescem no Outono. Regar as roseiras. Colher rosas de manhã. Fazer estacas de todas as plantas que não se conseguiu no mês passado, como salvas, verbenas, fuchsias, gerânios etc, que poderão precisar-se no próximo ano. Colhe-se boa provisão de sementes de flores, e pode semear-se algumas se se quer flores no Inverno. É também tempo próprio para semear goivos e outras plantas bienais que se desejam para o próximo ano.