1— Preparação do terreno  Na preparação do terreno trabalham 4 homens: estufeiro e 3 ajudantes. Despejado o primeiro vão, o estufeiro recebe dos ajudantes os molhos de ramada; desata-os contando em voz alta, e forma a primeira camada, distribuindo bem.

A seguir, os três ajudantes munidos de forcados, trazem a monda, que o estufeiro vai colocando até cobrir toda a lenha de ramada. Vem depois a terra sobrante, que é puxada à pá ou enxada, do vão do lado e estendida sobre as duas primeiras camadas. Desta forma, vão por vão, é feita a distribuição das três primeiras camadas, procedendo-se agora ao calçamento geral das mesmas. Seguidamente, colocam as placas de leiva, segundo as quantidades pré-estabelecidas (geralmente 1/2 cesto por planta), e distribuem nova camada de terra sobrante, ficando assim o aterro completo.

Aterrada a estufa, nivelam o melhor possível o terreno, limpam os passeios e tiram as tampas dos depósitos interiores, que tinham sido colocadas antes da preparação do terreno, que vai ser regado pela primeira vez.

2—Plantação definitiva  Difere da transplantação do brolho, apenas pela idade da planta, pelo compasso e material empregado na plantação. Como no plantio, deve igualmente proceder-se à desfolha na base do caule e cortar todas as raizes, sem contudo cortar a parte terminal do colo. Esta prática tem, como já dissemos, grande importância, pois dá origem a uma radicação fortíssima, capaz de alimentar convenientemente a planta. Depois de preparadas, as plantas são todas distribuídas sobre o terreno, aproximadamente no sítio onde devem ficar, estendidas às linhas e com a mesma direcção.

a) Idade da planta: — A idade da planta varia conforme as conveniências da exploração, geralmente por factores secundários como sejam, por exemplo, a necessidade de preparar uma nova plantação definitiva, na estufa onde estava disposto o plantio (no caso de não haver estufim), ou até mesmo, por haver uma estufa disponível e só ter plantio com pouco tempo de criação, etc, etc....

Nó entanto, numa exploração bem orientada, estes problemas são estudados, por forma que as culturas se sucedam sem interrupção e haja na altura própria a planta necessária e com a devida idade. A planta destinada a uma estufa de produção, deverá ser transplantada definitivamente com cerca de 10 meses de idade, altura em que suporta bem a transplantação.

b) Compasso: — Como se conclui pela descrição que vimos fazendo, o compasso de plantação nas diferentes fases da cultura vem aumentando progressivamente, à maneira que a planta se aproxima do fim do ciclo vegetativo, pois, como é lógico, quanto mais idade tem a planta, mais exigente se torna, sobretudo na última fase, depois do aparecimento das infrutescências, necessitando, por consequência, de melhor alimentação.

Pelas razões apontadas, o plantio que estava colocado ao compasso de 0,m30 x0,m30, passa a gozar do dobro, nas estufas de produção, para satisfazer as exigências da planta, durante os 12 meses que se seguem até à colheita,

Aterrada uma estufa nas condições atrás descritas, a cama vegetal fica com a altura de 0,m60, pelo que ao compasso de 0,m60x 0,m60, cada planta dispõe de 0,m360 para a sua alimentação.

c) Material empregado na plantação definitiva: — Referimo-nos apenas às estacas de plantação, que ocupam um papel imprtante na plantação. Servem para abrir furos na terra esponjosa, facilitando a penetração da planta nos mesmos.

São constituídas por uma pega manual, prependicular à secção tronco-cónica, em madeira, sendo a parte cónica forrada de zinco.