traça da bananeiraFOLHAS DIVULGATIVAS: BANANEIRA SÉRIE PRAGAS: Nº4
BANANEIRA
Julho 2005
Autores: Arícia D. Figueiredo & David J. H. Lopes
Universidade dos Açores – Departamento de Ciências Agrárias
PRAGA
Nome Vulgar: TRAÇA DA BANANEIRA
Nome científico: Opogona sacchari (Bojer 1856)
SINTOMATOLOGIA
A traça da bananeira ataca quase todas as partes da bananeira à excepção das raízes e das folhas, concentrando a sua preferência pelos frutos (FOTO 2), por materiais vegetativos, já mortos ou em decomposição, mas também atacam tecidos vivos que se encontrem, sobretudo junto daqueles já mortos ou em vias de apodrecimento.
Os danos são provados pelas larvas que penetram no fruto (FOTO 1), abrindo galerias na polpa, causando seu apodrecimento e, consequentemente, inutilizando o produto comercialmente.
DISTRIBUIÇÃO
A traça Opogona sacchari foi oficilamente relata no Brasil em 1974, e é uma praga polífaga, oriunda de zonas húmidas tropicais e subtropicais da África, nos últimos anos tem-se observado em países de zonas temperadas atacando plantas ornamentais. Encontra-se na Europa (Holanda, Portugal, Espanha, Itália, Suiça, Bélgica, Rússia), em África, na Ásia (China), e na América.
Actualmente encontra-se disseminado nos Açores, registou-se a sua presença em todos os pomares
piloto.
BIOECOLOGIA
As posturas de Opogona sacchari Bojer são feitas em grupo e geralmente são rodeados por uma substância adesiva. A sua lagarta mede cerca de 2 a 3 cm, possui uma cabeça castanha brilhante e um corpo cilíndrico, apresentando um ligeiro estreitamento a seguir à cabeça, de cor branco sujo e com manchas escuras a cinzento – acastanhadas em cada um dos seus segmentos. As larvas encontram-se nas zonas da planta onde, geralmente, não chega a luz solar.
O adulto é uma borboleta de 1,1 a 1,8 cm e possui uma coloração castanho – amarelado, tem hábitos nocturnos refugiando-se durante o dia nos restos vegetativos da bananeira. Pode realizar a sua postura no ponto onde se cortou a “bolota” entrando assim directamente no ráquis. Para completar o seu ciclo de vida, Opogona sacchari necessita de 3 meses.
MEDIDAS DE COMBATE: CULTURAIS
Adequada Densidade de plantação;
Limpeza da planta (corte nas folhas velhas) de forma a promover o arejamento e aumentar a luminosidade;
Não deixar secar as flores nos bagos;
Evitar ter folhas, flores e restos de pseudo talos secos junto, quer das bananeiras novas quer daquelas em produção;
Utilização de sacos de polietileno para protecção dos cachos;
O controle pode ser feito com uma pulverização com produtos recomendados, com jacto dirigido ao cacho recém-formado.
QUIMÍCAS:
A nível de luta química, só quando se registarem ataques fortes é que se deverá usar insecticidas e dentro destes apenas aqueles que actuam por ingestão, normalmente recorre-se a substâncias activas como triclorfão, bacillus thurigiensis, fenalerato, metomil, clorpirifos e dimetoato; Fosalona.