cancro macieiraFOLHAS DIVULGATIVAS: MACIEIRA SERIE PATOLOGIA Nº2
Autores: Drumonde Melo, C1.; Lorenzo Bethencourt, C.D2.; Prendes
Ayala, C2.; Giménez Mariño, C2.; Cabrera Pérez, R2. Horta López, D.J1.
(1Dept. C. Agrarias-Univ. Azores; 2UDI Fitopatología-Univ La Laguna)
Julho 2005
DOENÇA:
Português: CANCRO
Castellano: CHANCRO
Inglés: European Canker (Nectria Canker)
SINTOMATOLOGÍA
A primeira manifestação desta doença apresenta-se sob a forma de uma mancha castanho-avermelhada que surge próximo das cicatrizes folheares, sendo normalmente visível até ao final da Primavera ou início do Verão. A lesão desenvolve-se rapidamente formando-se fendas circulares, mais ou menos concêntricas na casca.
No caso do cancro ocorrer nos ramos, os rebentos apicais morrem.
Nos tecidos afectados pelo cancro podem-se observar os corpos frutíferos do fungo, com uma coloração esbranquiçada no caso dos cancros jovens e vermelho-alaranjada nos mais velhos. Estes corpos frutíferos produzem esporos que são fundamentalmente dispersados pela chuva. Os corpos frutíferos avermelhados produzem ascósporos que são dispersados pelo vento, podendo deste modo contaminar árvores situadas a uma certa distância.
A dispersão por água contribui para intensificar a doença em árvores infectadas, enquanto que a dispersão pelo ar contribui para iniciar a doença em árvores situadas a certa distância da fonte de inoculação. O fungo penetra nos tecidos da planta por aberturas naturais (cicatrizes folheares), ou então por feridas produzidas por material agrícola, pelo vento, etc.
O cancro europeu pode ser confundido com o produzido pela antracnose.
ORGANISMOS CAUSADORES
Nectria galligena Bresad.
Anamorfo: Cylindrocarpon heteronemun (Berk. & Broome) Wellenweb.
DISTRIBUIÇÃO:
Esta doença tem uma ampla distribuição a nível mundial. Na ilha Terceira foi encontrada em todas as áreas de produção de maçã.
RECOMENDACÕES PARA O CONTROLO:
Deve-se eliminar a madeira doente, protegendo-se posteriormente as zonas de eliminação com um produto que evite a formação de corpos frutíferos.
As novas plantas devem ser examinadas cuidadosamente de modo a evitar-se a introdução deste fungo fitopatogénico na cultura.
Visto que estamos perante um fungo oportunista, deve-se evitar fazer feridas nas árvores e paralelamente monitorizar as possíveis pragas que poderão também produzir tais feridas.
Os ramos contaminados devem ser podados pelo menos 20-25 cm abaixo da zona de lesão, de seguida devem ser retirados do pomar e queimados, uma vez que o fungo permanece na madeira morta. As ferramentas de corte devem ser esterilizadas com lixívia a 10% antes de se proceder à poda noutra árvore, isto para evitar a proliferação do fungo pelo pomar.
Quando as árvores se encontram vigorosas esta doença tem fraca manifestação, pelo que se recomenda manter as árvores o mais saudáveis possível.

 

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