Actividades económicas: Agro-pecuária, agricultura, comércio e pequena indústria variada
Festas e Romarias: Festa da Padroeira (último domingo de Agosto) e Divino Espírito Santo
Património: Igreja matriz e Casas Solarengas
Outros Locais: Pinhal da Paz e Campo de Ténis
Artesanato: Bordados, costura, cestaria e trabalhos com barro
Colectividades: Clube de Ténis de S. Miguel, Clube Desportivo “Os Oliveirenses”, Filarmónica “Lira de Nossa Senhora da Oliveira”, Grupo Folclórico “Santa Cecília”, Grupo Folclórico Infantil da Escola “Cecília Meireles”, Grupo 186 da Associação dos Escuteiros de Portugal, 2.ª Companhia da Assoc. de Guias de Portugal, JOC – Juventude Operária Católica e Grupo Coral
Orago: Nossa Senhora da Oliveir.
DESCRITIVO HISTÓRICO
Situada no interior da ilha de S. Miguel, dista cerca de 3 km de Ponta Delgada onde se concentra o maior número de postos de trabalho sendo, por isso, uma zona habitacional complementar da sede do concelho.
O povoamento da freguesia de Fajã de Cima está intimamente ligado ao de Fajã de Baixo, porquanto os cronistas coevos apenas faziam referência ao “lugar da Fajã”.
Gaspar Frutuoso, no século XVI, mencionava: “Pela terra dentro, para o norte, um quarto de légua da cidade, entre as vinhas, está uma freguesia do lugar da Fajã, cuja igreja é da invocação de Nossa Senhora dos Anjos”.
No entanto, Cândido Abranches, em 1869, refere: “(...) segundo se acha escrito no Livro do Tombo daquela paróquia (...) se vê que a igreja paroquial era edificada no sítio da Fajã de Cima (...), sendo edificada em 1532. A que hoje existe, foi construída em 1791, é de uma só nave e tem seis altares”.
O mesmo estudioso faz a seguinte descrição: “Seguindo pela estrada que fica à direita da igreja, vai-se ter à Fajã de Cima (...). As duas fajãs estão ligadas à cidade (...). A de cima, muito populosa, tem uma pequena e muito arruinada igreja do orago de Nossa Senhora da Oliveira (...). Este lugar fica ao norte da cidade, à distância de 2 kilómetros, em posição elevada (...)”.
Deste modo se infere que houve, outrora, na Fajã de Cima uma ermida dedicada à Senhora da Oliveira, cuja licença de construção data de 23 de Fevereiro de 1726.
A edificação da actual igreja, que mantém a mesma invocação, iniciou-se em 1856, tendo sido benzida em 1870. Nela se destaca a sua fachada, valorizada por quatro estátuas em mármore que representam os santos evangelistas. Para além da igreja paroquial existiram nesta freguesia a Ermida de Nossa Senhora da Pena, do século XVIII, e a Ermida de Nossa Senhora do Pilar, datada do século XVII.
O nome desta localidade, tal como é mencionado por Frutuoso, deriva do facto de “estar assente em terreno chão, e de cima, para a distinguir de uma outra que fica um pouco mais abaixo e se denomina – Fajã de Baixo”.
Por ser uma freguesia de lavradores, têm os seus habitantes grande devoção a Santo Antão, protector dos animais.
Nesta localidade, merece especial referência o Pinhal da Paz que, nos princípios do século XX, não passava de uma propriedade agreste, árida e semi-abandonada. Porém, o seu proprietário procedeu ao seu aproveitamento e valorização, transformando aquela zona árida em um recanto deslumbrante, único nos Açores, tendo sido plantadas milhares de criptomérias, pinheiros e azáleas ao longo de um labirinto de arruamentos e pequenas alamedas floridas. Ao abrigo do Decreto Regional n.º 12/82/A, a zona do Pinhal da Paz foi definida como “Reserva de Recreio”.