maçãFOLHAS DIVULGATIVAS: MACIEIRA SERIE PATOLOGIA Nº3
Autores: Drumonde Melo, C1.; Lorenzo Bethencourt, C.D2.; Prendes
Ayala, C2.; Giménez Mariño, C2.; Cabrera Pérez, R2. Horta López, D.J1.
(1Dept. C. Agrarias-Univ. Azores; 2UDI Fitopatología-Univ La Laguna)
Julho 2005
DOENÇA:
Português: PODRIDÃO BRANCA
Castellano: PUDRICION BLANCA
Inglês: WHITE ROT
SINTOMATOLOGIA
As lesões nos frutos surgem 4-6 semanas antes da colheita, embora a infecção possa ocorrer antes.
Inicialmente as lesões apresentam-se em forma de pequenas manchas, frequentemente circulares, ligeiramente próximas umas das outras, de cor castanho a negro, que podem estar rodeadas por um halo vermelho. Nas variedades de pigmentação vermelha, este halo pode apresentar uma coloração de vermelho escuro a negro.

Algumas infecções ficam latentes, formando-se por debaixo da epiderme uma zona suberosa, que conduz o agente patogénico ao ponto de entrada. À medida que as lesões aumentam de diâmetro, a zona podre estende-se até à parte central do fruto. Nas fases mais avançadas da doença, a zona central do fruto chega mesmo a apodrecer acabando esta podridão por atingir todo o fruto. Também nas fases mais avançadas da doença podem aparecer sobre a superfície do fruto grupos dispersos de picnídios. Os frutos podres acabam por se desprender da árvore, embora alguns fiquem enrugados e permaneçam unidos à árvore.

A infecção dos ramos e rebentos inicia-se em torno das lentícelas sob a forma de pequenas lesões avermelhadas e de zonas descoloradas nos bordos das feridas. Nas fases seguintes da infecção as células corticais colapsam, a casca deprime-se e formam-se rugas. Frequentemente estas feridas rompem-se e rasgam a epiderme exsudando um líquido.

A periderme adquire uma coloração de castanho a laranja forte, acabando a pele por rebentar. Os bordos dos cancros jovens activos tomam com frequência uma coloração vermelho escura, tornando-se os tecidos corticais do seu interior necróticos. À medida que estes cancros se desenvolvem, os seus bordos tendem a romper-se. Quando vários cancros se unem pode ocorrer o estrangulamento dos ramos principais.
Durante o Inverno este fungo permanece nos ramos infectados, onde produz os esporos que posteriormente são disseminados acabando por contaminar novos ramos. Os ramos e as feridas na casca são especialmente susceptíveis à inserção. A infecção dos frutos ocorre desde que as condições ambientais sejam favoráveis, ou seja, humidade elevada. Contudo, árvores que se encontram em condições de stress possuem uma maior a probabilidade de desenvolverem cancros nos seus ramos.
ORGANISMOS CAUSADORES
Botryosphaeria dothidea (Moug. ex Fr.) Ces. & de Not. (=B. ribis Gross.& Dugg.)
Anamorfo: Fusicoccum aesculi Corda
Nas amostras colhidas na Terceira também se isolou Botryosphaeria lutea A.J.L. Phillips
RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLO:
È preciso ter em conta a susceptibilidade da variedade de macieira;
O controlo baseia-se em práticas culturais que conduzam à redução da fonte inicial de inoculo, e em tratamentos fungícos;
Deve-se retirar da árvore todos os pedúnculos mortos, cancros e frutos mumificados.
Nos locais mais propícios a esta doença deve-se seguir um programa de tratamentos preventivos.

 

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