Aos vinte e cinco dias do mês de Setembro de oitenta e cinco, quarta-feira pela manhã, veio recado ao conde D. Rui Gonçalves da Câmara que nos Mosteiros estavam duas naus de cossairos que ao dia antes haviam chegado e tinham tomado cinco navios que do porto da cidade com temporais se alevantaram, os quais, quando tiveram vista das ditas naus, se seguraram e não quiseram fugir, podendo-o fazer, porque entenderam pelas bandeiras serem ingresas que logo vieram abalroando-os todos e botando gente em cada um, sem gasto nem dano seu, por os navios não terem defensão alguma. Mandou o conde ao capitão Rui Vaz Medeiros, com sua companhia de aventureiros, que marchasse para aquela parte e depois se partiu ele com a gente de cavalo, levando consigo a companhia de Brás Raposo; foram todas às Feteiras, onde entenderam não ser necessário sua ida lá, e se tornaram, porque ali vieram ter homens dos navios roubados que os ingreses botaram em terra, e lhe prometeram que resgatariam seus navios e gente. Logo se ordenou resgatar alguns escravos. À quinta-feira, mandou o conde a um ingrês que na cidade residia com este resgate, para ir mais seguro.
E, à mesma quinta-feira de noite, puseram fogo a um navio, por acharem nele cartas para Sua Majestade e roupa de alguns hespanhóis, e largaram outro sem gente, que foi dar à costa.
Outros dois com pouca gente, sem aparelhos e sem velas deixaram, que vieram ter ao porto à sexta-feira, em amanhecendo. Logo vieram as duas naus com o navio que lhes ficou em companhia, e dando algumas voltas defronte do porto, onde ao parecer lhe andavam fugindo duas naus pequenas ingresas que no mesmo porto estavam para carregar, as quais se vieram por debaixo do castelo e artilharia, e elas se foram surgir longe de lhes poder chegar, onde por popa da capitaina pareceu uma bandeira branca, esperando ainda fossem resgatar os mais escravos e navio que tinham; foi lá o mesmo ingrês, a sexta-feira, já tarde, e em todo lhe trataram verdade. E o mesmo ingrês afirmou serem ingreses que com carta de marca vinham a se entregar. Amanheceu ao sábado e eles no mesmo lugar se estiveram sempre até depois do meio-dia, que eram vinte e oito de Setembro, véspera de S. Miguel; ao qual tempo, pela parte do ponente, houveram vista de uma nau grande, pelo que logo se fizeram à vela na volta dela.
Vendo isto o conde , mandou alguns barcos que fossem dar aviso à nau que vinha, e souberam ser dela capitão Jorge Arias de Arbeto, por Sua Majestade, na companhia de João Martins de Ricalde, que andava na carreira da Índia, aguardando as naus e frotas daquelas partes; por a qual nau passaram os ingreses, a quem ao passar da fortaleza, com algumas peças de artilharia fizeram, segundo parece, algum dano, e eles em suas voltas foram atirando à nau e à terra algumas peças. A hespanhola lhe atirou também algumas, mas não com tanto dano do ingrês, porque, por causa de algumas tormentas que na altura onde andaram tiveram, traziam a artilharia abatida, as armas e gente mal composta, os petrechos de guerra poucos e mal aparelhados, ao contrairo do que se dizia dos ingreses, que eram duas naus, não tão grandes como a castelhana, mas traziam, entre ambas, mais de trezentos e cinquenta homens de guerra, mui bem aparelhados. O capitão castelhano com sua nau se veio surgir a terra; os cossairos a voltaram algumas vezes e, como era já sobre tarde e se ia cerrando a noite, se foram na volta do mar. De terra foi Manuel Cordeiro de Sampaio, juiz do mar, e Cristóvão Soares de Albergaria, corregedor, ambos cavaleiros do hábito de Cristo, a fazer fala ao capitão da parte do conde , pedindo-lhe se chegasse debaixo da fortaleza, e mandasse dizer a necessidade que tinha, a que o capitão por arrogância e não mostrar fraqueza aos imigos, não quis corresponder, somente pediu-lhe mandassem obra de cem arcabuzeiros e alguns artilheiros, porque a nau era capaz de muita gente, e nela havia somente cento e vinte homens de peleja, bisonhos e para muito pouco se poder fiar em suas forças. Foi também à nau Manuel Correia, sargento mor desta ilha, homem experimentado, que veio com parecer de levar toda a gente de terra que fosse possível. Começaram-se a embarcar logo alguns com muito fervor e pressa. Os primeiros que se embarcaram, e foram ter à nau, foram Manuel Ferreira Pimentel, Inácio de Melo, Fernão do Quental, Brás Barbosa da Silva, João Álvares Examinado, os quais entrando na nau a fizeram aparelhar, porque sabiam a força do inimigo . O Conde , para mais incitar e obrigar a todos para acudir a esta pressa, mandou seu filho D. Gaspar da Câmara, que foi acompanhado de Francisco da Costa, seu veador, e Manuel Privado e Gaspar de Viveiros, seus criados, e o sargento mor Manuel Correia e Simão Correia, seu irmão, André Botelho de Travassos, cavaleiro do hábito de Cristo, acompanhado de dois criados seus, Luís Cardoso, cavaleiro do hábito de Cristo e capitão do número, que de pouco tempo era chegado a esta ilha por mandado de Sua Majestade, com oitenta mil réis de renda cada ano, Sebastião da Costa, cavaleiro do hábito de Cristo, António de Benevides, Baltasar de Figueiredo, Mateus Cordeiro, Gonçalo do Rego, Francisco de Melo, António Pereira, Manuel Pavão, Francisco Saldanha, João Ribeiro, filho do feitor António Ribeiro, acompanhado de André Gonçalves, seu criado, António Soares, sobrinho do corregedor Cristóvão Soares de Albergaria, e Bastião da Costa, sobrinho do capitão Alexandre, e Gaspar de Armenteiros, Jerónimo de Castro, escrivão do contrato de Alfândega, Miguel Pereira, filho de Gaspar Borges e outros de menos nome e plebeus, que seriam por todos mais de cem homens valorosos de peleja , afora trinta soldados hespanhóis do presídio do castelo, quinze mosqueteiros e quinze arcabuzeiros, que mandou Pero Munhoz de Castel Branco, capitão da fortaleza da cidade da Ponta Delgada, debaixo do governo de seu irmão e alferes D. Gaspar Munhoz de Castel Branco.
A gente se embarcara em muito mor número, porque alguns, que nestes assaltos são os primeiros, ficaram em terra com tenção de se embarcar ante manhã, tendo no pensamento que, se houvesse assalto, então devia ser, o que não foi assim; mas, os valorosos e atrevidos cossairos, receando que aquela noite lhe dessem socorro de terra, acometeram logo, indo fora do uso militar, pondo a confiança em suas forças, e, entendendo que a nau que queriam cometer devia ser de Índias, carregada de fina prata, aljôfar e outras coisas com que se enriquecessem, lhes saiu ao contrairo, porque contra sua vontade se carregaram de despojo dela, dos petrechos de pólvora e pelouros jogados por horrendas peças de artilharia e por furiosas escopetas e mosquetes. Seriam as nove horas da noite quando os ladrões, que na volta do mar foram enquanto durou a lua, vieram sobre a nau, cometendo-a com surriadas de artilharia e mosquetaria, tangendo trombetas e tambores, admoestações da furiosa guerra. Não dormiam a este tempo os que estavam na nau hespanhola, porque cada qual, acudindo ao que lhe estava debaixo de seu mando e guarda, se mostrava ser um capitão, em acudir com o conselho aonde havia necessidade, e em pelejar se parecia um Heitor. Ouvia-se a voz do ladrão: — Amaina, amaina, da parte da Rainha de Inglaterra. Respondia o português: — Amaina, da parte de Sua Majestade el-Rei D. Filipe.
Quem neste tempo vira a Manuel Correia, sargento mor que a seu cargo tinha artilharia, pola não fiar de outrem, e a cujos pés lhe mataram na briga dezassete bombardeiros, entendera só dele proceder todo o nome de guerra, que depois de correr os lugares que lhe não tocavam, pois não era capitão da nau, ele, como experimentado e sabedor de tal jogo, esta vez estava em cima das estâncias, correndo-as todas, agora em baixo na artilharia, não consentindo se atirasse peça que não visse com seu olho meter o pelouro, por ter alguma suspeita de certos artilheiros que na nau vinham, framengos. A este tempo, estavam as naus abalroadas, uma pelo costado da parte do mar, a outra por proa, onde estava defendendo o alferes D. Gaspar Munhoz de Castel Branco, com tanto ânimo que os fez afastar, alguns mortos e outros mal feridos, em tanto que nunca mais se aventuraram a outro tanto; e ficaram mortos dos nossos, desta rociada de mosquetaria, arcabuzaria e bombas de fogo, três mosqueteiros, e feridos quatro soldados e queimados outros quatro, e a D. Gaspar Munhoz deram uma arcabuzada no morrião, um pouco através da testa, que o amolgou um dedo dentro, e não sendo de prova, foi Deus servido que não o ferisse. Pelas mais partes da nau apertavam também com a arcabuzaria e artilharia e alcanzias de fogo; com grande pressa, andavam os portugueses pelejando e defendendo valorosamente, e D. Gaspar da Câmara, filho do conde , com ser moço, misturado entre eles, em tantos perigos. Sendo mortos alguns artilheiros, acudiu João Ferreira Indiático, ainda que de artilharia não tinha muito uso, e fez tanto que por o capitão da nau lhe foi posto nome de condestável mor, prometendo-lhe da parte de Sua Majestade grandes mercês, por seu valor e ânimo, porque neste tempo foi mui grande ajuda que deu. Não faltava ali a presença de António de Benevides, tomando mais alento do que parece em homem podia caber, acudindo a todo com grande fervor e ao capitão por vezes se apresentou, pedindo-lhe favor e companhia para saltar em uma das naus, que não pareceu conselho; e, depois de grandes cousas feitas por ele, estando em baixo assestando uma peça, tiraram-lhe pela portinhola, onde foi morto com grande sentimento de todos, porque nele tinham um grande esteio. A este tempo, deram nova que era morto Manuel Ferreira Pimentel, que como soldado valente e animoso se estava em sua estância carregando e descarregando seu arcabuz, não faltando ponto. Estando em sua companhia no mesmo uso Fernão do Quental e Baltazar de Figueiredo, mostrando o para quanto eram, dando de sua vida inteira fama, animando aos que pelejavam, e eles que eram usados em semelhante acto, mostrando todo o que deles se esperava; nem eram menos nisto Inácio de Melo, Brás Barbosa, António Soares e Bastião da Costa, todos com grandíssimo fervor alvoroçados, dando mostra de quem eram. E da primeira surriada, antes de abalroarem, deu um pelouro em Luís Cardoso, que com grande esforço manifestava seu ânimo, e dando de si tal mostra, acabou com deixar a fama tal na morte como de valoroso teve na vida. Pelo que nesta batalha fez Inácio de Melo, filho de Diogo de Melo, o fez Sua Majestade capitão do número e cavaleiro fidalgo, e lhe fez mercê de quatrocentos cruzados para ajuda de custo. Levava o alferes D. Gaspar Munhoz de Castel Branco uma relíquia do lenho da Cruz, que lhe pôs ao pescoço o capitão Pero Munhoz de Castel Branco, seu irmão, com a qual lhe tinha sucedido ao dito capitão, tendo-a ao pescoço na vila do Nordeste, pegar-se fogo a um barril de pólvora, estando ele com as mãos em cima para o apartar de um pouco de fogo que se acendera, por descuido de um seu escravo, a outra pouca de pólvora que estava derramada dentro de uma caixa que teria quatro palmos de altura; cuidando remediar que não saltasse o fogo no barril para o deitar fora pela janela; e foi tão prestes o fogo que saltou no barril, ainda que estava apartado, que fez voar toda a casa, deitando as telhas até uma ermida de S.
Sebastião e levando toda a madeira, abrindo as paredes e arremessando pedras mui grossas dela, tirando as portas de riba e de baixo todas do coice, dando com elas em terra e deitando fora alguns criados seus que estavam bem apartados dele, pelas paredes e escadas. Foi Deus servido, por virtude desta relíquia, que estando ele sobre a mesma pólvora, não o fizesse voar pelos ares, e, para que fosse mais visível o milagre, saiu queimados os safões e borzeguins e uma monteira que tinha na cabeça nunca mais pareceu, e as mãos e mangas do gibão e a tudo o que alcançava uma cadeia de ouro que trazia ao pescoço, em que estava dependurada esta relíquia, não se queimou, nem se fez mais sinal, como se não houvera havido fogo. Eu lhe ouvi dizer ao mesmo capitão se lembrava mui bem que ao tempo em que se pegou o fogo no barril, tinha os olhos abertos e lhe dera o fogo por eles, e com ser cousa ordinária ficarem cegos de caso semelhante, ficou mui são deles; e assim dizia ele que tinha por mui certo que este sucesso, como de seu irmão de andar sobre as bombas do fogo e do incêndio da pólvora desta nau, não lhe haver empecido por virtude da dita relíquia. E ficou tão queimado no rosto e mãos o dito capitão que não o pôde levar o marquês consigo à jornada da Terceira, ordenando-lhe ficasse na guarda e defensa da fortaleza da cidade da Ponta Delgada, que é o castelo e força desta ilha de S. Miguel, onde esteve quatro anos até o de oitenta e sete, sem lhe dar licença que se fosse, posto que a pedisse por ser ele pessoa como convinha para o bom governo dos soldados e paz e quietação com a terra. A seu irmão e seu alferes D. Gaspar Munhoz de Castel Branco, pelo que nesta batalha se mostrou, fez Sua Majestade mercês. E agora é capitão de uma companhia de presídio na ilha Terceira .
Não faltou também ali na briga Francisco Saldanha, que pareceu alguma bombarda lhe devia dar e levá-lo ao mar, porque dele se não soube parte. Desaferrou-se a capitaina, ficando a outra com ânimo abalroada um grande espaço, e depois de ida a companheira se entendeu por uma trombeta que em uso militar dizia: — socorrei, a que logo vieram da capitaina barcos de gente; depois tornando, com a trombeta manifestadora de seus males, a pedir socorro, foi entendida a resposta pela outra, dizendo: — retira-te, retira-te; e ainda se esteve mais algum espaço. Neste tempo, com um pelouro mataram a Henrique do Rego, criado de André Botelho; e a Bernabé Fernandes, filho de Pero Fernandes, natural da cidade da Ponta Delgada deram com outro pelouro de um mosquete no geolho da perna esquerda, estando posto na força da batalha, de que esteve para morrer, e Sua Majestade lhe fez mercê de dois moios de trigo de renda cada ano, e cem cruzados para ajuda de custo.
Não esteve muito a nau abalroada, porque logo, como lhe faltou socorro, se foi retirando, e não foi tanto a seu salvo, que muito havia que dela não tiravam nem peça nem arcabuzaria, e ao tempo de se expedir foi cortada a amarra da nossa nau, ao que logo acudiram, dando nela; seria isto três horas antes do dia, e haveria sete horas que o combate durava; foi na volta do mar e as outras por outra parte. Quando amanheceu, deitando conta aos mortos que entre os portugueses e castelhanos e artilheiros faltavam, acharam ser mais de vinte pessoas, e trinta feridos, mas com todo gozando-se da vitória. Pesarosos da morte dos valorosos amigos, se iam razoando, quando um contava — a mim sucedeu tal encontro, outro — eu vali a tal fogo, outros — outras semelhantes cousas. Nisto apareceu pela parte do ponente uma nau que logo o capitão conheceu ser das de sua conserva, e mui contentes iam com o pensamento de tomar conselho e acordo para novo cometimento. Não faltava nisto o parecer dos valentes portugueses que na nau estavam, porque com muito gosto de todos aceitaram novo assalto e desprezavam todo o louvor que os hespanhóis lhe davam, dizendo-lhe que sustentar-se a nau contra o imigo, eles foram causa, porque, se os não tiveram consigo, se tinham por perdidos.
Nesta hora, se ia chegando a outra nau hespanhola, a quem determinou o capitão dar salva. E chamando a João Ferreira, a quem tinha levantado por condestável, lhe mandou ordenar a artilharia de cima, e aos demais a outra, já que se ia pondo em ordem, sem receio que o condestável, flamengo de nação pusesse, o fogo a uma peça ante tempo, que acendeu outras três peças e um barril de pólvora que junto estava, que foi causa de grande perda e muito dano, porque em partes se queimaram até sessenta homens, em que entrou o sargento mor, o qual, tanto que se queimou, desceu pela enxárcia ao mar a se meter na água, e depois não tinha remédio algum para se salvar, se lho não dera Simão Correia, seu irmão, que ali acabou de pôr o selo ao que tinha feito na briga, mostrandose valoroso soldado; o qual com muito ânimo, por força, por si e com alguma ajuda, pôs a seu irmão em salvo, em cima. Queimou-se muita gente, mas puderam passar com menos perda, dor e choro, se o temor do fogo e fúria dele não alvoroçara a alguns que se deitassem ao mar, em que se afogaram mais de vinte pessoas, entre as quais foram o animoso Fernão do Quental e Baltasar de Figueiredo, galhardo mancebo, a quem não quis a como invejosa morte de sua boa ventura e galhardia deixar gozar a glória de seus feitos e sua virtuosa fama; e acabaram afogados sem remédio algum. Foram três barcos de terra que salvaram a D. Gaspar , a quem deu um pelouro no peito, de prova que levava, e outros muitos das furiosas ondas do mar, entre os quais escapou Brás Barbosa da Silva, filho de Hércules Barbosa da Silva, o qual, depois de pelejar valorosamente todo o tempo que durou a batalha, ficando queimado em uma perna quando se acendeu o fogo depois da vitória, se lançou ao mar e nadando espaço de uma hora, o tomou um dos batéis que foram de terra, pelo que Sua Majestade o tomou por cavaleiro fidalgo de sua casa e o fez alferes mor da cidade da Ponta Delgada, fazendo-lhe mais mercê de cem cruzados para ajuda de custo . O sargento mor foi queimado no rosto e mãos e outras partes e ferido em uma perna, de uma lasca de távoa que partiu e sacudiu um pelouro; Sebastião da Costa queimado no rosto e em um braço; e também André Botelho Travassos e outros, dos quais alguns depois faleceram. A nau se foi repairando até chegar a Vila Franca. Os imigos desapareceram, e a árvore seca estiveram ao sul dos Mosteiros três dias; no fim deles, sobre tarde, vindo um navio da ilha da Madeira, da parte do ponente, o foram seguindo e tomaram junto com as pedras, ao longo da costa. A gente se foi para terra, e eles desapareceram, levando-o consigo. As duas hespanholas se fizeram prestes e foram na volta de Cales. Depois de elas idas, tornaram a aparecer os ingreses e tomaram um navio que estava no ilhéu de Vila Franca, carregado de farinhas para o Cabo Verde, até que, depois de fazerem muitos males e roubos, de todo desapareceram, sem mais serem vistos na costa desta ilha.